Maio, Maduro Maio

Zeca Afonso

Maio, maduro maio, quem te pintou
Quem te quebrou o encanto, nunca te amou

Raiava o Sol já no sul
Ti-ri-tu-ri-tu-ri-tu-ru
Ti-ri-tu-ru-tu-ru
E uma falua vinha lá de Istambul

Sempre depois da sesta chamando as flores
Era o dia da festa, maio de amores
Era o dia de cantar
Ti-ri-tu-ri-tu-ri-tu-ru
Ti-ri-tu-ru-tu-ru
E uma falua andava ao longe a varar

Maio com meu amigo quem dera já
Sempre no mês do trigo se cantará
Que importa a fúria do mar
Ti-ri-tu-ri-tu-ri-tu-ru
Ti-ri-tu-ru-tu-ru
Que a voz não te esmoreça, vamos lutar

Numa rua comprida, El-rei pastor (numa rua comprida)
Vende o soro da vida que mata a dor (vende o soro da vida)
Anda ver, maio nasceu
Ti-ri-tu-ri-tu-ri-tu-ru
Ti-ri-tu-ru-tu-ru
Que a voz não te esmoreça, a turba rompeu
Que a voz não te esmoreça, a turba rompeu (rompeu)

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