Ave-Maria da Tarde

Wilson Paim

Ave Maria, Ave Maria

Quando a tarde calma
Cai na pampa imensa
Em sua rude crença
Ele abre a alma

Se curva e ajoelha
Tira o chapéu
Admira o céu
E no chão se espelha

E nessa devoção de simples que é
Se agiganta na fé em sua oração

Com todo o fervor
Reza e agradece
Em humilde prece
A mãe do criador

O gaúcho é mesmo assim
Quando o dia chega ao fim
Numa campesina ave Maria.

Amoroso espera a chegada
Da noite enluarada
Que suave vem render seu dia

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