O Passado É Tormento

Willian Mattos

O passado é tormento
E eu finjo não me importar
Não me cabe o silêncio
E tudo o que eu quero é falar

Que mesmo que eu corra
Vem você que nunca me deixa em paz

Lábios cereja em meus dedos
O teto pingando suor
De longe melhor dos meus erros
E eu nunca vou me perdoar

E mesmo que eu corra
Vem você que nunca me deixa em paz

E eu me rendo em te dizer
Que eu não posso mais lutar
Contra o meu coração
Me contento em não dizer
O quanto esforço-me a negar
Sua obscena intensão

És como um caco de vidro
De ponta pra cima no chão
Do perigo meus passos desvio
Mas volto e te aperto na mão

E mesmo que eu corra
Vem você que nunca me deixa em paz
Me deixa em paz
Me deixa em paz

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