Dedilhados Poéticos

Walter Lajes

No dedilhado dessa melodia
Tenho a alegria de poder cantar
O que do peito ouço ecoar
Poeta eu sou mas nem tão só
Pois um instrumento me acompanha
E em minhas cantigas ele não se acanha

Vivendo e cantando a vida
Trago no meu matulão
Ensaios da despedida
A chegada e a partida
O sonho e o violão
Um breve aceno da mão

Guardo o rastro da espera
Do que ainda desconheço
Mas que me atrai e libera
O meu canto em meu avesso
Com o porvir por endereço

Vou sacudindo este pó
Vou esquecendo o cansaço
Vou controlar o compasso
Do meu coração em dó

Não vou me sentir tão só
Já que tenho um companheiro
De acorde conselheiro!


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