Gibi

Valéria Rodrigues Dias Velho

Bola de meia, bilboquê de lata
Anel de prata no indicador
A cara feia do cara que mata
Ta grafitada no meu corredor

Um dois e três, A, B, C, D
E um mapa
Sala calada do professor
Numa pelada que não desempata
Cresce a mamata do vencedor

Onça pintada que foge da mata
Pra vir comer no meu quintal
O nó na corda prende a sua pata
Defende a borda do meu mingau

Empino a pipa em papel carbono
Consigo a cópia de um arranha-céu
E lá de cima eu caio no sono
E gravo em mono a voz de noel

Cordel de cores, flores, dores, rimas
Por onde fores em todas as esquinas
Os meus sensores capturam minas
Os meus amores, ouro em ruínas

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