Samba-Enredo 2018 - A Travessia da Calunga Grande e a Nobreza Negra no Brasil

Unidos do Bangu

A linda lua de África
Vai refletir, na tua pele (negra)
Somos herdeiros do Alafin de Oyó
O elo maior com a natureza
Olhar de serpente, nobreza de raça
Que quebra a corrente
E não se entrega não
Tem a valentia de um leão
Brilhou
Nos olhos o fogo ancestral
Alumiando o ritual
O céu e o mar, Orum e aiyê
Se unem pra te proteger

Ôôôô calunga é dor
É um clamor por piedade
Ê maré! Que dança
Ê maré! Balança o tumbeiro
Velho prisioneiro da desigualdade
Ôôôô calunga é dor
É um clamor por piedade
Ê maré! Que dança
Ê maré! Balança o tumbeiro
Oceano inteiro é pranto de saudade

O brado de Agotime ecoava
Rainha, mãe naê do agongonô
Galanga virou Chico-rei
Palmares é o meu ylê
Tem festa no quariterê
Seguindo em devoção eu vou
Ao ébano altar da ginga
Toque de cabaça enfeitiçado
Eu quero ver o negro ser coroado
No porão da fé ôôô
Leva afefé, meu afã (pro mar)
E eterniza esse canto yorubá

Eabadeiaia iaia aiê
Eabadeiaia eiaiá
Eabadeiaia iaia aiê
Eabadeiaia
Bangu vai cantar!

Tracker

All lyrics are property and copyright of their owners. All lyrics provided for educational purposes only.