Julgamento

Tribo da Aldeia

Não me rendo pra ninguém
E nem abaixo a cabeça
Não quero me fazer de refém
Só quero que vocês me esqueça

Sei que é difícil aceitar a mudança
Mas foi tanto tapa
Que hoje nas pessoas eu não crio esperança

Me adaptei e mudei a forma de agir
Enquanto cês perde tempo chorando
Eu tô procurando motivo pra sorrir

Não sou a mesma pessoa de alguns meses atrás
Eu só sei quê o que eu fiz no passado
Não pretendo fazer jamais

Me julga o quanto quiser
Isso não vai mudar em nada
Eu tô à mil anos na frente
Enquanto vocês vivem na mesma levada

Meus caminhos confundem as setas
E cala a boca de quem fala demais
Queimei a língua de muita gente
E eles nem sabem do que eu sou capaz

Eles gostam dos falsos profetas
E isso não é novidade
Vocês criticam os verdadeiros poetas
Porque eles dizem a verdade

Hoje eu dirijo meu próprio filme
E a vida roterisa
Onde não tem diretor e nem cinegrafista

Vivo como se fosse na escola
Passando por teste o tempo todo
Pra fazer história e deixar meu legado nessa porra de novo

Não sei se eu aprendi muito rápido
Ou fiz uma lição diferente
Nas escolas só ensinam o básico
Por isso o país é tão inconsciente

As pessoas só conversam pra destruir psicológico
Enquanto eu fico isolado no quarto pensando em um raciocínio lógico

Por isso eu sou viciado em antibiótico
Com ele faço um estrago
E não me torno mais um estereótipo

Me julga o quanto quiser
Isso não vai mudar em nada
Eu tô à mil anos na frente
Enquanto vocês vivem na mesma levada

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