Quarentenado

Thiago Modesto

Matando urubu para comer frango
Quarentenado em seu próprio canto
Olhando para o caos ainda dançando
Nem sabemos até quando

Entre bruxas e ciganos vou dançar
Como Cristo festejar com renegados
Seria sorte ou azar
Não ter dinheiro mas no chão achar

Praças e praças
Ruas e galpão
Porta de delegacia
Empilhando taças caído no chão
Por fora ele sorria

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