Vozes

Theatro de Séraphin

Estou alimentando minha alma
Estou amordaçado embaixo d’água
Palavra na palavra preso à marra
Estou me preparando para a guerra
Estou me sustentando em corda bamba
Nos altos edifícios da cidade
Carrego a pedra ao topo da montanha
Espero a águia vir preso nas grades

Sem ser o que seria já quem sabe
Olhando no espaço as astronaves
Um deus que me alimente de verdades
Será possível à sombra da maldade
Sem o que seria por que antes
Teria preso as mãos uma corrente
E as vozes ecoando tão distantes
Nos dias cultivados como sementes

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