Carrego em minhas mãos minhas histórias
Minhas memórias, meu sonho de menino
Bonecos feito em barro para contar
Quem quer comprar?
Quem quiser eu ensino
O barro no riacho vou buscar
A feira sempre foi o meu lugar
Ao som de uma bandinha cabaçal
E eu aqui no meu quintal
Desenhando meu caminho
Modelo brincadeiras com as mãos
Amasso num compasso o coração
Pela cadência crio o meu vilarejo
Faço tudo o que eu vejo
E também o que imagino
Boizinho e cirandeiras, cantadores
São cangaceiros, retirantes sem destino
Cachorro com teiú preso na boca
A lavadeira no seu colo severino
O barro no riacho vou buscar
A feira sempre foi o meu lugar
Ao som de uma bandinha cabaçal
E eu aqui no meu quintal
Desenhando meu caminho
Modelo brincadeiras com as mãos
Amasso num compasso o coração
Pela cadência crio o meu vilarejo
Faço tudo o que eu vejo
E também o que imagino
Fiz da minha vida uma canção
Me fiz poeta, matuto nordestino
Moldo esse barro para guardar
Para te lembrar que eu sou Vitalino
O barro no riacho vou buscar
A feira sempre foi o meu lugar
Ao som de uma bandinha cabaçal
E eu aqui no meu quintal
Desenhando meu caminho
Modelo brincadeiras com as mãos
Amasso num compasso o coração
Pela cadência crio o meu vilarejo
Faço tudo o que eu vejo
E também o que imagino
Faço tudo o que eu vejo
Porque eu sou Vitalino