A Minha Vez

TELMO PIRES

É verdade que estas mãos que trago
Não são mãos de navegar
Não são mãos de ir à ceifa
Pois eu nunca fui ceifar

Só vou cantar sobre este mar
E vou cantar sobre o mar

É verdade que esta tristeza que trago
Não é tristeza de pouco amar
Nem de ver no tempo passado
Pois todo tempo tem que passar

E vou cantar sobre este mar
E vou cantar sobre o mar
Que a minha vez, enfim, já chegou
Que a minha vez, enfim, já chegou
E o silêncio me falou
E o céu aberto, que foi deserto, diz
Que a minha vez, enfim, já chegou

É verdade que estas praias me levam
Por razão de mais viver
Toda onda vista dá volta ao mundo
Para tudo compreender

E vou cantar sobre este mar
E vou cantar sobre o mar
Que a minha vez, enfim, já chegou
Que a minha vez, enfim, já chegou
E o silêncio me falou
E o céu aberto, que foi deserto, diz
Que a minha vez, enfim, já chegou

E vou cantar sobre este mar
E vou cantar sobre o nosso mar
Que a minha vez, então, já chegou
Que a minha vez, enfim, já chegou
E o silêncio me falou
E o céu aberto, que foi deserto, diz
Que a minha vez, enfim, já chegou
E o silêncio me falou
E o céu aberto, que foi deserto, diz
Que a minha vez, enfim, já chegou

É verdade que estas mãos que trago
Não são mãos de navegar

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