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Berrante

Tatá Sympa

Beira-estrada, beira-mar
Eia, cavalo marinho
Manga-larga marchador
A dor de viver sozinho

Dei de largar meu amor
Numa curva do caminho
Minha vida desandou
Subiu um rodamoinho

Tanta légua se passou
Desde que segui caminho
A onça rosnou no mato
Ronca a moto do vizinho

Hoje eu sou lavrador
De uma plantação caiada
Nada aqui me adiantou
Vida, chuva de invernada

Miragem de retirante
Do Oiapoque ao Passo Fundo
Seu DJ toque o berrante
Antes do final do mundo

Tanta água se passou
Passou boi, passou boiada
Minha sina não mudou
Mudou tudo, mudou nada