Me dê um café que eu preciso acordar
De um pesadelo que insiste em ficar
Terra de cego quem tem olhos terá
O sangue ferve e logo vira jantar
Os algoritmos brincam de Deus
Seus argumentos são melhores que os meus
Armas e verbos juntos pra machucar
Odeio o ódio na tela
O peso imenso dos egos
A solidão pede voto
Somos controle remoto
Adeus sentido, é tudo invertido
Já não há razão, pra se dar vazão
Autonegação, a um palmo atrás
É tudo invertido
Já não há razão, pra se dar vazão
Autonegação, a um palmo atrás
Há um papel a te interpretar
Quem poderia se orgulhar?
Você acha que é opinião, mas não
É só cortisol
Vem a desrazão, a um palmo atrás
E à essa altura tanto faz