Tem berenguendêns, tem balangandãs
A minha esperança é ser livre outra vez
De peito aberto sem preconceito
Minha história contar num canto forte
Que vem da União de Maricá
É Bahia
Terra divina de magia e prosperidade
Do porto de salvador
As ladeiras do Pelô à cidade alta
Roma negra
A verdadeira história
Onde tudo começou
Culturas e sobrados
Testemunham seu valor
Um grito pela liberdade ecoou
Sob a luz do candeeiro
O direito de sonhar
Tem quitute pra vender no tabuleiro de sinhá
A alforria minha devoção
Em ouro e prata, vou forjar meu coração
Mãe África
Saudade do adarrum
Axé do meu pai Ogum
No corpo retinto o meu patuá
Na vida minha fé vai me conduzir
E na crença em meus orixás
Minha alma vai se libertar
Guardei no relicário um tesouro
Bordado em ouro
Para os filhos que vão renascer
Na luta pela ancestralidade
Olorum nos guiará