Quis o destino me fazer um peregrino
Procurarar feito um menino
Minha amada em carnavais
Cartas de amor rascunhei
E as rosas mais lindas colhi
Fiz das lágrimas uma paixão
Escrevi uma bela canção
A fantasia veste a imensidão do mar
Vou mergulhar nessa lembrança cristalina
Sonho te reencontrar e celebrar
Numa chuva de confete e serpentina
Máscara negra nos bailes à fantasia
Na melodia pelos blocos eu vaguei
Me embalei no bloco bafo da onça
Fui do Cacique ao Bola Preta e não te achei
Boemiei no Irajá
Na Praça XI vi minha escola desfilar
Do primeiro beijo a saudade
A razão que me faz amar
Em meio ao povo te encontro minha amada
No coreto dessa praça iluminada
A minha paixão imortal
Estrela do meu carnaval
Sou Vaz Lobo e vou cantar o amor
Que mais uma vez vai renascer
Colombina, sou o seu Pierrô
Levo a vida pensando em você