[Enredo: Malunga Léa – Rapsódia de Uma Deusa Negra]
Dandara êêê Dandara
Meu canto é forte e o tambor vai ecoar
Faço da arte toda minha liberdade
Malunga Léa, porta-voz da Mocidade
Arroboboi
Vejo no céu um arco-íris a brilhar
Laroyê e mojubá
Abre os caminhos minha escola vai passar, lalaia
Nos palcos da vida cumpro minha missão
É tempo de transformação
Se hoje eu tenho voz, ninguém pode calar
Minha estrela vai brilhar!
Kaô meu pai kaô
Kaô meu pai Xangô
É força é fé resiliência
Fez da luta sua arte e do amor a resistência
Na palma da mão carrega a memória
De um povo sofrido que escreve a história
De quem já foi mãe, plebeia e rainha
Seja rosa ou Maria
Ganhou o mundo com papel de serafina
Léa Garcia, tua alma é tambor
Teu nome é poema, é suor, é amor
És filha do vento, herdeira do axé
És diva do povo, com garra e com fé!