Quando o chão estremecer, Juremá, Juremê
Quando o Rio chorar, Juremê, Juremá
Faz a força do tambor soar na aldeia
Correr sangue pelas veias para preservar
Kunha ê! Tem festa na mata
Risca-fogo, é trovoada
Brilha a Lua, Iacy
Ybypirahy, fertilidade
A raiz da liberdade que nasceu pra resistir
Lendas e mistérios, pajelança, maracás
Dança, sobre as águas, deusa do Nhamundá
Iara ê, Iara!
Dos muiraquitãs, encantaria
A bravura que renasce
No raiar de um novo dia
CaraÃba na floresta, bicho-fera fez nascer
Na ponta de cada flecha, Anhangá vai proteger
Ayvu, clamor da verdade
Ybytu se enfurece, é tempestade!
A saga renova a esperança
A coragem, hoje é lança
Na ganância do invasor
Guerreiras Icamiabas, herança que se espalhou
Onça-Silva é resistência
Guardiã em todo canto
Amazonas, com espÃrito que é santo
Levam nome de Marias, mulheres comuns
No peito amor, na pele urucum
Aruê Angá! Valentes, guerreiras
Enfrentam o mal, a destruição
A voz sagrada despertando a consciência
Dragões é alma da floresta em oração