Clareia jaci
Ilumina o mistério das matas
E faz reluzir, o segredo das icamiabas
O vento soprou o tambor ecoou
No leito do rio anunciou
Senhoras do destino e da beleza
Guerreiras guardiãs da natureza
E ao chegar
O esplendor da primavera
A ancestralidade que impera
Xamãs e os maracás consagram em rituais
Quando a noite estende o véu
Corpos que se unem como dádiva do céu
Sagrado é o rito do amor
Rompe o silêncio à chegada do invasor
Emana ê
Emana ê
A força que emana no seio da mata
Emana ê
Emana ê
Ganância do homem destrói e maltrata
Na margem do rio a batalha se deu
A glória de quem venceu
Rebatizado Nhamundá é o Amazonas
Uma lenda de bravura então nasceu
Sim
As heroÃnas dessa pátria tão hostil
Deixaram herdeiras no coração do Brasil
Mulheres destemidas que não cansam de lutar
Pra toda natureza preservar
Eu sou Dragões, o guerreiro originário
Guardião do santuário, minha estrela vou buscar
Eu sou Dragões, mensageiro da urgência
Quero ver a consciência do meu povo despertar