Temporal

Otácio Ruy

Eu sou o vento na rua deserta
Aperta os olhos e vê
Vazei o fogo do verão que chega
Ardendo em pródigo prazer

E vago forte madrugada adentro
No epicentro da baía do guajará
Um olhar afora é raso e frágil
Pra me alcançar em pleno voo feliz

Vejo um arco-íris no matiz do dia
Pela fotografia do meu filho
E o brilho metálico do futuro
Nas mãos de operários alienígenas

Mas, os indígenas são deuses
Diante dessa gama de burgueses
Meu verso uma adaga cega e inofensiva

E viva a alternativa sociedade viva
E oxalá a verdade seja minha

E a ladainha nua do neoliberalismo
Tropece em seu cinismo deslavado
No altar já profanado da esperança
Que nos sacrificaram as crianças

Teu ouro um Zeus, um Deus sem vida
Dá minimização à nossa lida

Numa única saída eu digo não
Ao pão amargo, e vago de novo
Rezando na cartilha desse povo
Que sonha e constrói o dia seguinte

Pra plenamente a gente ser feliz
Ser feliz
Ser feliz
Ser feliz
Ser feliz
Ser feliz
Ser feliz
Oh, oh, oh

E vago forte madrugada adentro
No epicentro da baía do guajará
Um olhar afora é raso e frágil
Pra me alcançar em pleno voo feliz

Vejo um arco-íris no matiz do dia
Pela fotografia do meu filho
E o brilho metálico do futuro
Nas mãos de operários alienígenas

Mas, os indígenas são deuses
Diante dessa gama de burgueses
Meu verso uma adaga cega e inofensiva

E viva a alternativa sociedade viva
E oxalá a verdade seja minha

E a ladainha nua do neoliberalismo
Tropece em seu cinismo deslavado
No altar já profanado da esperança
Que nos sacrificaram as crianças

Teu ouro um Zeus, um Deus sem vida
Dá minimização à nossa lida

Numa única saída eu digo não
Ao pão amargo, e vago de novo
Rezando na cartilha desse povo
Que sonha e constrói o dia seguinte

Pra plenamente a gente ser feliz
Ser feliz
Ser feliz
Ser feliz
Ser feliz
Ser feliz
Ser feliz
Ser feliz
Ser feliz

E viva a alternativa sociedade viva

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