A Revolucionária, um Adeus

Ossétia

Enquanto você leva embora
Já sinto o frio que faz lá fora
Me deixando só espinhos
Não consigo guardar sozinho

Eu digo que não aguento mais
E que é a última vez
(Promessas pra mim mesmo)

Eu digo que não corro atrás
Mais uma vez te procurei
(Indigno até pra mim mesmo)

Insensato, terminal
(A doença é fatal)

Prolifera, então apaga
A melhora, tua escolha
Constrói muralhas pra isolar
O meu medo se prolifera
A tua chama então apaga
Tua escolha não é melhora
O teu poço então se cava
Depois seca, é sua cova

Deixo crescer então, pra superar
Adverso sou, em vão, verdades a se desbravar
Eu entrego minhas entranhas, tua verdade faz calar

(Deixa eu ir então, pra me encontrar)

Estou tentando esconder
O peso que carrego em minhas costas
Em direção a multidão
Percorrendo estradas tortas

Eu acho que já superei
(Depois de tanto tempo)

Acho que já aceitei
(Descobri o meu lugar)

Não tenho mais desculpas

Desintegra, então renasce
À entrega, outra face
Me preenche, te esvazia
Vai embora, nada fica
Eu me afogo, tu respira
Eu me acordo, tu agoniza
Em frente a morte, implora vida
Eu me corto, tu cicatriza

Deixo crescer então, pra superar
Adverso sou, em vão, verdades a se desbravar
Eu entrego minhas entranhas, tua verdade faz calar

(Deixo morrer então, para enterrar)

Por favor, leve embora
Por favor, leve embora

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