Quando Meu Basto Se Agarra

Os Tiranos

Foi na barra do ribeiro,
Numa charla pacholenta.
Que o zé claudio perguntou,
Temperando uma água benta.
Se eu não domava um gateado
De largar xispa das venta
Que ele já domou que chega
E se apartou das ferramentas

Conheço bem m'ias prateadas
E o basto de cinchar touro
Meu mango trança de doze,
Buçal e pelego mouro.
Quando meu basto se agarra,
Dou-le pau de afrouxa o couro.
Que de beiçudo maleva
Nunca guentei desaforo.

Quando meu basto se agarra
Num corcóvo bem cinchado
Parece até que o rio grande
Balança e pende pros lados

O corcóvo é mais bonito
Se for de um gateado oveiro
Pealado de corda e meia,
Prás graças do fazendeiro.
O potro bufa e coiceia,
Manoteando o chão brejeiro.
E sai riscando as paletas,
Contra os ferro garroneiros.

Te digo amigo zé claudio,
Que eu gineteio por farra.
Deitando chirca e macega,
Num enleio de pata e garra.
Na fazenda casa branca,
Se algum potro se desgarra.
Pinto de rubro as chilenas
Porque meu basto se agarra.

Tracker

All lyrics are property and copyright of their owners. All lyrics provided for educational purposes only.