Destá

OROBOROS (BR)

A grana
Que sangra na cidade
Com zero novidade
Conduz a redenção

Na chuva
Um rio sozinho avança
Heráclito que lute
Não temos tubarão

Ora
Enquanto a banda toca
Enquanto as gata pira
Por dentro do salão

Um pária segura o estandarte
Um vate aponta a contramão

Destá, destá
Destá, destá, destá
Quer me fazer de besta
Quer me fazer de besta
E pensa em me deixar
Destá, destá, destá
Destá, destá, destá

História
Mas deixe de conversa
Por dentro da pangeia
Mordendo o pajeú

Fazendo
Que já não me conhece
Fingindo intimidade
Com disco voador

Fudendo
Com toda arquitetura
Chupando mariola
Me desapropriou

Incauto, sofreu de apendicity
Desquite não é separação

A
Na night
Chegou a high society
Da baixa idade média
Por cima do edredom

Na sua
Românticos de Cuba
Batendo um patinete
E um vidro de Chandon

Destarte
O cara da funceme
Ligou pra gilgamesh
Tremendo aluvião

O hype tretou na internet
Um chato, tiete de rimbaud

B
A Lua
Que ilude a pajeurbe
E ovula sobre os carros
Atesta a confusão

A duna
Por sob o pão de açúcar
Imita a curvatura
Do rabo do dragão

Em suma
Pretenso legalista
Entrou no logradouro
Em busca de BO

Um sapo
Na beira do riacho

Destá, destá
Destá, destá, destá
Quer me fazer de besta
Quer me fazer de besta
E pensa em me deixar

Destá, destá
Destá, destá, destá
Quer me fazer de besta
Quer me fazer de besta
Lambeu sem me beijar

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