Cantiga do Amor Distante

Onéo Prati Molina

A gauderiar
Pealei auroras de ilusão sem fim
Sentindo em mim
A ânsia fera de me atar a ti
E ao soprar
Xucro minuano da desilusão
Só meu cantar
Foi poncho triste para mim

Quantas noites, teatino, vi passar
A lua, pérola andarenga, e quis gritar
Pra um pontaço de saudade te alcançar
Como flete de luz

A galopar
Tenho ganas de voltar pra ver
O teu olhar
Lagoa mansa sob um céu febril
E hei de te dar
Minha tropilha de amor demais
Pra me perder
Até a morte em teu viver

No palanque do passado vou deixar
Mal domada a solidão
Para depois
Cortando léguas de ansiedade te enlaçar
Num enleio de amor

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