Caminhos

Mauro Moraes

Caminhos que levam ao rumo do nada
Coxilhas, picadas, sem paradouro
Sou casco de mouro, sou rastro e manada
Pealando invernada, léguas de dor

Acena a cigarra, o pealo me agarra
O sonho tropeça nos pés de um piazito
Troteando solito num poncho de ausência
Perdi a querência em meu estradear

Trilhei descaminhos com botas de vento
Dormi ao relento à luz do luar
Querendo voar, soltei minhas rédeas
No lombo das nuvens tentei galopar

O sol teatino que às vezes me some
Parece uma ponte, um rumo a tomar
E o meu andejar tão lerdo e sereno
Embora os apegos, não pode parar
Não pode parar

Trilhei descaminhos com botas de vento
Dormi ao relento à luz do luar
Querendo voar, soltei minhas rédeas
No lombo das nuvens tentei galopar

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