Sob as estrelas da minha crença
Cansado e triste cerrei meus olhos
Dentro da noite que é para muitos
Um mar bravio, cheio de escolhos
Quando no mundo de exílio e sombra
Habituei-me com as invernias
E com os reveses da minha sorte
Na luta intensa que encheu meus dias
É que o Evangelho do Cristo amado
– O mensageiro da Perfeição
Nas horas tristes e amarguradas
Esclarecia meu coração
Não sou, no entanto, quem vá mostrar
As maravilhas que ele fornece
Quando escutamos as vozes claras
Da consciência, na luz da prece
E, então, eu pude adormecer
Na paz serena, doce e cristã
Abrindo os olhos tranqüilamente
Numa alvorada linda e louçã
Vós, que ficastes no mundo ingrato
De quem me lembro na luz do Além
Lede o roteiro dos Evangelhos
E a paz na morte tereis também