Natureza Viva

Mano Dias

Lá no meu rancho
Para matear levanta cedo
Escuto no arvoredo
O cantar da passarada

Lá no fundo da invernada
Enxergo um sorro matreiro
Rondando um pobre Cordeiro
Duma ovelha pesteada

Lá na invernada
Enxergo um sorro matreiro
Rondando um pobre Cordeiro
Duma ovelha pesteada

De madrugada
Escuto o berro da ovelha
Eu saio com a lua cheia
Já enxergo sou um maldito

Pego-lhe o grito
Já se levanta o rebanho
Se eu chamo ele no estranho
Se leva a breca o sorriso

Pego-lhe o grito
Já se levanta o rebanho
Se eu chamo ele no estranho
Se leva a breca o sorriso

Minha chinoca
Vem me fazer um carinho
Para mim não matear sozinho
Matei com a minha amada

E a criançada
Vão se ajeitando para o estudo
Eu vou ensinar meu cuiudo
Para buscar minhas aporreadas

E a criançada
Vão se ajeitando para o estudo
Eu vou ensinar meu cuiudo
Para buscar minhas aporreadas

Com a lua cheia
Enxergo um sapão cururu
E também enxergo a tatu
Descendo reto ao pontão

Largo meus cão
O campeiro e o Pitbull
E fazem o pobre tatu
Virar em pedaços no chão

Largo meus cão
O campeiro e o Pitbull
E fazem o pobre tatu
Virar em pedaços no chão

É um Perdigão
Levanta e a arma detona
Já sai batendo carona
Uma aporreada crinuda

Peço uma ajuda
Para Deus pai nosso senhor
Vai me fazendo um fiador
Minha cadela bocuda

Peço uma ajuda
Para Deus pai nosso senhor
Vai me fazendo um fiador
Minha cadela bocuda

Mês de setembro
E duma garoa fina
Eu saio contra neblina
Já entrou a vaca caída

Quase sem vida
Eu fico no desespero
Só de ver o pobre terneiro
Fica sem sua mãe querida

Quase sem vida
Eu fico no desespero
Só de ver o pobre terneiro
Fica sem sua mãe querida

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