Aquela Estrada

Luiz Vicente e Luizinho

Aquela estrada que passei la no passado
Ainda passa na minha recordação
Longas boiadas que passavam passo a passo, hoje não passa de mera recordação

Aquela estrada que já não existe mais, porque o progresso retalhou todo seu leito
Hoje só resta um retrato na parede e a saudade retalhando o meu peito

Aquela estrada de paisagem colorida, onde se ouvia periquitos e tuis, e maritacas barulhentas revoando e as colheirinhas penduradas no capim

Lindas paineiras jogando flores no chão
Dama da noite, primavera e lírio branco
La na baixada o riozinho caudaloso e as borboletas coloridas no barrando

Aquela estrada de poeira avermelhada
Meu pai passava com seu velho carretão
Seis bois de carro caminhavam sonolentos
Puxando a safra de arroz, milho e feijão

Aquela estrada que virou grande avenida
E tantas vezes um berrante repicou
O asfalto negro cobriu a terra vermelha
Só não cobriu a lembrança que ficou

Aquela estrada onde passaram os meus sonhos
Que se perderam nas encostas dos caminhos
Tantos amores que amei e não me amaram, por isso eu vivo caminhando tão sozinho

Minha esperança de um dia ser feliz
As enxurradas levam tudo para o mar
Só não levou a minha fé que tenho em Deus
Que só termina quando a morte me levar

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