Pago Santo

Luiz Carlos Borges

Quem não souber do pago santo de onde eu venho
Tenho prazer de lhes dizer da onde é que sou
Sou do garrão deste Brasil, sou missioneiro
Capim rasteiro que do nada se criou

Trago na alma a cantiga do meu pago
Rondas de tropa, pastoreio e pó de estrada
Cantar de esporas num trotezito chasqueiro
Que um missioneiro não se esquece nem por nada

Trago o calor de pai de fogo galponeiro
Brazedo rubro, pôr do Sol que vai se por
Foi essa termpla que me fez enraizado
Olhar voltado pro pavilhão tricolor

Trago a querência na garupa do meu pingo
Cantar dos ventos nas cordas do violão
Uma tropilha de esperança extraviada
Entropilhadas vem pastar no coração

Se por acaso estropiar o meu cavalo
Que eu não consiga prosseguir minha jornada
Há de ficar minha cantiga missioneira
Junto da poeira que se erguer não'alguma estrada

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