A Crise do Coelho

Lucas Kallango

Certo dia, numa floresta tropical mais conhecida como mata atlântica
A desvirginada, ocorreu um fato no mínimo mentoniano
Uma corrida, uma crise, um coelho, uma tartaruga e uma cova
A questão era quem iria ser enterrado?
Era de praxe uma corrida anual no condado de velox e o céu ficou lotado de estrelas
E eu lembro de ter ouvido o coelho se gabar
Que a tartaruga não possuía rodas de liga leve, muito menos turbo
O fato é que eles largaram
E após um exaustivo primeiro dia o coelho parou para abastecer
E comeu cenouras encantadas, disfarçadas de um sutil plin plin
Que o deixou mais lento que o pensamento da tartaruga
E ele teve que entender que há um momento para tudo
E aquele não era o seu momento

Não chegou a sua estação, não troque seu inverno por verão
São chuvas de alegria
Como as evidências de um chitão, medo de deitar naquele chão
E se cobrir com terra
Ver Deus lá no portão, o amor que vem do pão
E da varanda repartir
Eu vi Deus em você
Eu vi Deus no amanhecer, de novo
Minhas crises enterrar
Eu vi Deus em você
Eu vi Deus no amanhecer e de novo
Minhas crises enterrar

Ai o coelho entendeu que não era ele que devia ser enterrado
Eram apenas as suas crises

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