Campeando a sorte nos bastos, de um um alazĂŁo bem domado
Crioulo pra toda lida, flor de cavalo encilhado
Peguei meu pala e o chapéu
Fechei as portas do rancho
E me larguei pras missÔes, à procura de um farrancho
Na bela SĂŁo Luiz Gonzaga, querĂȘncia dos payadores
Conheci prendas bonitas e gaĂșchos dançadores
Nos pagos de São Lourenço, tinha um fandango animado
Eu por gostar do entrevero
Me atirei pra aquele lado
Ouvi o ronco da gaita e o bordonear dos violÔes
Trazendo a cepa gaĂșcha dos fandangos das missĂ”es
Com gritos de SapucaĂ da gauchada faceira
Puxei a prenda pra sala e me larguei na vaneira
Nas bandas de SĂŁo Miguel, fui visitar as ruinas
E 'me' acheguei pra um surungo
Só pra dançar com as meninas
Gastei a sola das botas
LĂĄ na primeira querĂȘncia
SĂŁo Nicolau, terra buena gaĂșcha por excelĂȘncia
Santo Angelo CustĂłdio, SĂŁo JoĂŁo Batista
Também são belezas missioneiras que o nosso rio grande tem
Pra bailar em Santo AntĂŽnio eu voltarei novamente
Minha querida SĂŁo Borja, vai meu verso de presente
Falado: A velha Cruz de Lorena, meu amuleto sagrado
à uma lembrança que trago daquele chão Colorado
Me sinto bem mais gaĂșcho, volto pra casa faceiro
Com a alma guarani e o coração missioneiro