Compasso Maleva

Gustavo Iser & Comparsa Sureña

Fim de mês estendo um trote
Que a estância fica pra trás
Minha lida agora é outra
Carência que o corpo traz!

Num compassito retrechado
Range os basto do picaço
Nunca reneguei bolada
Tendo eguada, meto o laço!

Chegando na reboleira
Maula a intenção no alvoroço
‘Hoje enfreno uma morena
Prá colgar no meu pescoço’

Casado salto pra fora
Tine espora no salão
Só paremo o larga e puxa
Por se topar com um moirão

Ali mesmo fiz meu catre
Forrado à basto e pelego
E na refrega maleva
Cumpadre, não tive medo!

Já co’a noite aquerenciada
É que Deus olhou prá terra
Bombeando nós dois no escuro
Desconfiou que era uma guerra

E as basteira seguem o choro
Mesmo sem trote e sem pingo
Se corta e volta em seguida
Antes que acenda o Domingo

Por vaqueano em toda a lida
Guardo comigo o conselho
Que a carreira mais ligeira
Sempre se corre no pelo

Restou um cabelo no poncho
Nas costa uns risco de unha
O rangido por lembrança
E um moirão de testemunha

Teu perfume trouxe junto
Meu cheiro sei que tu leva
Saudade, por certo guardas
Do compassito maleva!

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