Foi nos seus olhos
Que encontrei outra iteração
Doce delírio
Que amarra a boca
Desperta imaginação
Noites vagas
Ociosa sensação
Que já dancei nessa estrada
Mesmo modificada
Corresponde a mesma transmissão
É destinado
Mas o poder nasce do querer
Desconfortável
Lhe venderam o que
Já rendeu
Ouve aqui
O que sempre se
Ouviu
Nesses futuros do
Passado somos todos
Servos
Marginal de impulsos
Atravessando a vibração
Que se repete, se sente na pele
Pois serve uma função
Demos ouvidos
Aceitamos o chamado autoconservação
De se manter a reboque
(Contentar-se com rebote)
Dos soberanos que cunham
Tua mais íntima obsessão
Tu é destinado
Mas o poder nasce do querer
Desconfortável
Lhe venderam o que já rendeu
Ouve aqui o que sempre se ouviu
Nesses futuros do passado
Somos todos servos
No espaço entre desejos impermeáveis
É a vida já se foi
Futuros do passado, tome cuidado
Pois o fluxo é líquido
É razoável beber da fonte
Esquecer que é um jogo de poder
Uma enorme construção