Ciclo Das Águas

Fernando Pellon

Eu que fui água do balde
Que você jogou fora
E que escoei pela ralo
Indo assim embora

Penetrando no vil submundo
De tantos dejetos humanos
Sarjeta onde agora padeço
Com meus desenganos

Mas a avida um dia, eu sei
Me fará desaguar
No curso de um rio
Num lago
Ou mesmo no mar

E na presença do Sol
Verei brilhar a esperança
Sendo erguido aos céus
Até nuvem branca

Quando findar a estiagem
Pretendo voltar
Fertilizando algum campo
Fazendo o amor brotar

E casso isso aconteça
Guardo um ardente desejo
Ter destino diferente
Das águas de despejo

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