Tenho pouco e sou tão rico

Evandro Martins

No lombo manso do rio
Encilho minha canoa
Que num galope macio
Me mostra que a vida é boa

Neste flete flutuante
Garimpando meu sustento
Peixes dorso de diamante
Precioso alimento

Eu agradeço ao rio
Por cada piava pescada
Pra encher o prato vazio
Dos piás e da minha amada

/ Podem dizer que sou louco
Não dou bola, não me achico
Sei que tenho muito pouco
No entanto sou tão rico /


No palco da natureza
Todo show é entrada franca
Vagalumes que leveza
Vão bailando nas barrancas

Borboletas coloridas
Pousam bandos já bem cedo
Como flores dando vida
À cor cinza do rochedo

E a festiva cantoria
Do irrequieto passaredo
Derramando alegria
Lá do alto do arvoredo

Refrão

Nos remansos espelhados
Tenho tudo que preciso
Sol e Lua derramados
Trazem cor ao paraíso

Tal beleza me arrebata
E esse é todo o meu tesouro
Pois à noite tenho prata
E à tardinha tenho ouro

E de lambuja ainda
Pra ficar bem mais bonito
As moedas de estrelas
Na guaiaca do infinito.

Refrão

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