Teixeira
Elisa Paraíso
Meu coração pede folia
A cabeça pede folga
A alma não quer mais revolta
E meus pés querem dançar
Só de lembrar a alegria que eu sentia
Vendo a moça que sorria
Ver o dia clarear
Aquela moça era filha de Teixeira
Que jogava capoeira
Caminhava sobre o mar
Pra pescar peixe e tubarão a unha
Esconder sua vergonha que era não saber nadar
Esconder sua vergonha que era não saber nadar
Era neta de Zé Cachoeira
Que antes de ser violeiro destemido e corajoso
Por um trato com o tinhoso era um padre caridoso
Se escondia atrás do altar
Era bisneta do mais rico garimpeiro
Que jamais teve dinheiro
Pois o sol era seu ouro
As estrelas, seu minério
Sua prata reluzente era a lua
Que, de noite, refletia em seu olhar
Aquela moça era filha de Teixeira
Que jogava capoeira
Caminhava sobre o mar
Pra pescar peixe e tubarão à unha
Esconder sua vergonha que era não saber nadar
Esconder sua vergonha que era não saber nadar