Chorando No Parto

Eber Hernandes

Quando er’adolescente o zé morria de medo, morria de medo, de medo do inferno
E o inferno para ele era um tipo negativo, um tipo repetitivo de queixa
Mas quando engravidou, por incrível que pareça, a esposa do zé apresentou nenhuma queixa
O tempo foi passando, o tempo foi rolando e a preocupação do zé cada vez foi aumentando; quando era adolescente, o zé morria de medo

Quando completou todos os nove meses o zé já tava quase para endoidar
E a esposa do zé muito, muito tranquila; nem parecia que iria passar
A esposa do zé ia passar pelo parto e aquilo tirava o sono do zè
Quando er’adolescente o zé morria de medo

Quando começou a primeira contração o zé tava junto, o zé caiu no chão
O zé teve um desmaio mais logo acordou; correu pro hospital; socorro doutor
Quando er’adolescente o zé morria de medo

Da o nome, da os dados, da nervoso na fila porque a enfermeira brava não queria
Não queria deixar o zé olhar o parto; o zé quase cai no segundo desmaio
O zé já tava com a mente a milhão; pulou a grade, pulou o portão
Ouviu os gritos, descobriu o quarto, e lá estava o zé chorando no parto
Quando er’dolescente o zé morria de medo

O zé não sabe a hora, o zé não sabe o dia, o zé coçou a barba, o zè, quem diria
Depois de muita treta, de muita correria passou a gostar mais da mulher e da vida
Quando er’adolescente o zé morria de medo

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