Amarte

DZ101

Eu não sou santo nem escroto, tenho a lucidez do que é ser um louco
Sei que o simbolismo é gasolina para o fogo
Não sou astuto como quem joga esse jogo
Tenho muitas espada, e a honra de poucos
Um passo de cada, primeiro um pé, depois outro
Palavras são palavras, entram no ralo e saem no esgoto
Não me tiram mais do sério as neuroses dos outros
Eu decido, o que deixo me atingir
Se abraço quer dizer que a carapuça acaba de servir
Que passo por conflitos, não vou mentir
Só não posso deixar que se apossem de mim
Pego papel e caneta, e com vocês venho dividir
Sinto a emoção da trilha e descarrego tudo ali
Sem barragens, represas, deixar a água fluir
Ó amada arte, obrigado por você existir!

Tirem a bombeta, e as letras da gaveta
Mostrem a calvície, se acumular cê não aguenta
Se explodir, que seja tinta no papel
Liberdade de expressão, a queda da torre de babel

Ó vida, repleta de perguntas repetidas, de intermináveis filas dos incrédulos
De cidades cheias de tolices, qual a melhor delas?
Resposta: Que você esta aqui, que existe vida, e identidade
Que a poderosa peça continua, e você pode escrever um verso

O grave do beat, mantem o clima exato
Como trilha sonora das palavras que falo
Abalando a estrutura, fazendo tetos virem a baixo
Melodiando com notas o meu vomitaço
Desatando nós, desconstruindo laços
Cada vez mais leve, menos apegado
Sem empurra, empurra, valorizo cada espaço
Pra mim Deus é arte e o santuário é o palco

Tirem a bombeta, e as letras da gaveta
Mostrem a calvície, se acumular cê não aguenta
Se explodir, que seja tinta no papel
Liberdade de expressão, a queda da torre de babel

Qual seria o seu verso?

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