Sabe aquele rio? Sem parar
Vai percorrendo o caminho que escorre
Sem pressa pra desaguar
Sob aquele rio, devagar
Longo caminho em que as pedras se ferem no corpo
Pra se transformar
Ver arremansar
Perceber a foz
Decidir chegar
Aduar esse chão, descobrir
Seu lugar
É estar onde o peito quiser
Mesmo se a estrada é certeira na incerteza de voltar
Seu lugar é estar onde o tempo trouxer
Nas paragens
Sobre as margens das lembranças do que vier
Sopra um vento sul e me leva - e me leva
Na recorrente centelha do tempo que cura, faz cicatrizar
E cada manhã
Uma braçada que encontra a corrente de frente
Seu lugar é estar onde o peito quiser
Mesmo se a estrada é certeira na incerteza de voltar
Seu lugar é estar onde o tempo trouxer
Nas paragens
Sobre as margens das lembranças do que vier
Seu lugar é estar onde o peito quiser
Mesmo se a estrada é certeira na incerteza de voltar
Seu lugar é estar onde o tempo trouxer
Nas paragens
Sobre as margens das lembranças do que vier