Próxima estação
Dor
Enjaulado em minha mente, observo o movimento
Pessoas indo e vindo, não há sentimentos, só lamentos
Vivem atrasadas, psicopatas
Todo dia eu visto mais um rosto de pele
Disfarço minha dor e a vida que segue
Mas até quando tudo isso vai durar?
Me tornei um sociopata, vou me matar
Eu sinto o gosto da vida
É só um banquete suicida
E eu vou lhe devorar
Minha balaclava de pele
Eles vão ter o que merecem
Vão morrer desconhecidos
Durante o embarque, dê passagem a idosos, gestantes e assassinos
Escondo o meu rosto porque já fui assassino
Vi meu primeiro cadáver quando ainda era menino
Um passado atormentado e um futuro sem destino
Sinto que estou perdido em um labirinto com espinhos
Esfolando a minha pele procurando a minha essência
Morri 70 vezes pra aumentar minha vivência
Angustiado todo dia, só focado na doença
A morte é um alivio porque a vida é minha sentença
Mente transtornada
Tristeza calejada
Heroína injetada
Eu não sou nada
Sentei na última fileira
Cheirei a última carreira
Subi na última cadeira
E fiz minha última besteira