O Réu

Don Marco

Vinte e cinco pra seis, meu negro alvorecer
Teu rosto no espelho, o relicário de Deus
O peito que sente, entre o medo e a fé
E me tem do teu jeito, não me diz quem é

Te amar é o limite sorrir e sangrar
Te negar é tolice o orgulho se quebra e vai
Prisão perpétua pelo fio de desejo, incendiado na tez, gritos
Erros, sussurros desviados da lei, beijo inocente
Sem vestígio sequer, o crime perfeito, teu cúmplice e réu

Te amar é o limite
Sorrir e sangrar, negar é tolice
O orgulho se quebra e vai
Prisão, perpétua
E vai prisão, perpétua
O beijo inocente, sem vestígio sequer
O crime perfeito, teu cúmplice é réu

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