O Fio da Navalha

Dombar e Delley

Minha gente tô chegando venho vindo lá do mato
Eu venho lá do sertão de onde sou filho nato
Pra cantar o que o povo gosta sai de lá como jato
Dizem que já estou na praça vou confirmar o boato
Esta viola aqui não mente o meu pagode vem quente
Chega no momento exato

Derrubei mata fechada fiz lavoura no sertão
Na fazenda fui carreiro no rodeio fui peão
Dei um nó numa serpente que pulava a traição
Fiz o bigode da onça só num golpe de facão
Eu sou lenha na fornalha vou dar fio na navalha
Pra cortar barba de leão

Por aí tem violeiro que só canta no solfejo
Deu um avanço na Lua pensando que era queijo
Também faz papel de Judas que traiu Deus com um beijo
Bateu a cara no chão só por falta de traquejo
Sem poder ficar de pé vem vindo de marcha ré
Parecendo caranguejo

Lá na terra em que nasci semente ruim não germina
Se nascer o que não presta a própria terra elimina
Sou temperado no aço pra o que a vida me destina
Contra inveja e reza forte tenho a proteção divina
Por isso eu não tropeço na largada do sucesso
Estou aquecendo as turbinas

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