Enredo de Fabiano Em Ré Menor

Docaos

Barraco velho, pouca comida
Procura trampo noite e dia
Pra onde foi nosso sossego?
Nessa indústria, quase o dia inteiro

Barraco velho, pouca comida
Procura trampo noite e dia
Pra onde foi nosso sossego?
Nessa indústria, quase o dia inteiro
A boa nova que alivia (avistado cabra Joca)
Maio não será tanta sofrência

Alegria de pobre dura pouco!

Lágrimas consoladas pela parceira amada
Perdeu o emprego por confiar na pessoa errada
Ladrão ele não era, quem o denunciou afinal?
Levado sem mandado, injustiça dessa vida ingrata

Estou preso aqui, incerto e perdido
Eu exijo respostas, não há motivos para ser punido
Onde está você, preciso avisar
Me arrastarão de volta pra minha terra sem lugar

O que que é cê fez, desembucha rapaz
Deixou minha vida aos pedaços a troco de que?
Diga lá cabra safado, vou botar muito mais lenha
Me lançou nesse inferno, que o capeta te tenha!

Ocê e tua muié eram sofrido demais
E a companhia d’ocês era o que trazia paz
E eu que jamais vivi isso, num pude acreditar
Cuma aliada daquela ninguém ia me derrubar

Com sede de vingança e um canivete na mão
Ele tinha hora e lugar marcado
Mas algo o barrou
E Joca ligeiro se aproveitou

Impossível retribuir com mal, aquele que agora me mata
No desalento do meu desfecho, eu peço a Deus me dê graça
A vida não foi nos dada, para que seja tomada
A maldade não acerta contas
A vingança é ingrata

Antônia querida me espere, desisti dessa desgraça
Minha viola e meus meninos esperem que logo
Tô em casa

Meu saudoso nordeste, meu agreste celeste
Vida sofrida, faminta passamos, não cederei pro inimigo
A fé, o verdadeiro alimento que nas piores esteve comigo
Livra-me de ser mais um qualquer
O que me sustentava, o que me sustentou
É o grão de mostarda, é a fé

Estaria entrando na vida ou de fato saindo dela?
Pensamentos, lamentos se foram
Tô saindo dessa caverna
Quem me trouxe aqui tá perdoado
Meu sorriso se abriu

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