Nem mesmo levantando muros
Vivendo em uma prisão que chamamos de lar
Mas que não nos protege mais de um futuro obscuro
A violência agora é um prato fundo
De um banquete regrado a roubo
Drogas, armas, ego, poder e ilusão
Ver a pátria onde eu nasci
Se transformar em um campo de guerra
Diante de nossos olhos cansados, marcados
De ver um povo que se intitulou
Feliz e contente como marionetes
Nas mãos da desordem e do regresso
Sentado nos tronos da luxuria
Há marginais engravatados no planalto
Altos planos a rolar
Em suas mãos a morte é certa
Silenciosa como uma doença
Esperando seu paciente terminal
Ver a pátria onde nasceu
Se transformar em um campo de guerra
Diante de nossos olhos cansados, marcados
De ver um povo que se intitulou
Feliz e contente como marionetes
Nas mãos da desordem e do regresso
Nada mais importa neste lugar?
Só nos resta agora abandonar o lar?