Desprofanação

Diego Parma

Um quarto escuro e semiaberto
E toda vez que a sinto por perto
Concilio e assimilo você, a você
Um quarto frio, mas semiaceso
E uma noite de puro desejo
Assimilo o martírio a você, a você

Apague as luzes, pois no escuro eu sofro melhor
Mas não deixe que apague o amor que exportei a você
E que assim desprofane todo amor que importei de você

Um quarto inteiro tomado por letras
Só preciso de folha e caneta
Para assim propagar meu dizer, meu dizer
A vida inteira buscando um espaço
Com esperança acompanho o compasso
Vivendo a morte e tentando aprender, aprender

Apague as luzes, pois no escuro eu penso melhor
Mas não deixe que apague a luz da alma e o amor de viver
E que assim desprofane a emoção que sentia ao me ver
A emoção que sentia ao me ver

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