O Mundo e a Covid

Desidério Souza

Um novo tempo se fez
Sem dar bom dia ou boa tarde
Já chegou fazendo alarde
No território chinês
E o mundo, sem lucidez
Pouco importância lhe deu
Porém quando percebeu
O tamanho desta conta
Ficou igual mosca tonta
Com o estrago que ocorreu

A terra, de quarentena
O povo isolado no rancho
E o tal vírus de carancho
Igual quem rouba uma cena
Prostrou a nação terrena
No medo, dor e embaraço
Foi ocupando espaço
E cobrindo de aflição
Um simples aperto de mão
E o mais singelo abraço

Brasil, Argentina, Equador
Roma, Berlim ou Paris
Não importa cidade, país
Raça, credo ou cor
A dúvida, angústia e temor
Enlaçou o mundo inteiro
Neste vírus traiçoeiro
Que isola ou põe no hospital
Sem olhar classe social
Nem capital financeiro

Um vírus tão inocente
Que morre n’água e sabão
Põe em pânico a nação
Impõe medo ao continente
O planeta se ressente
De uma resposta eficaz
E o vírus assim no más
Mesmo na sua inocência
Deixa um gosto de impotência
De dor e morte pra trás

Qual a lição permanece
Depois que isso passar?
Ou nada irá mudar
No isolamento e a prece?
Um fato não acontece
Sem haver a causa justa
Se o mundo hoje se assusta
Com o vírus que emana
É a negligência humana
Nos mostrando o quanto custa

Qual o sentido real
Do covid 19
Que atualmente promove
Um descompasso mundial?
Chegou a serviço do mal
Ou o bem seria a razão?
Talvez, a grande lição
É fazer a humanidade
Viver a fraternidade
O amor e a compreensão

Em assim, todas nações
Recebem o mesmo ensino
Para traçar seu destino
Nas melhores vibrações
Pois quem planta agressões
Jamais ficará impune
Só o amor nos torna imune
Entre rezas e suspiros
Unidos no mesmo vírus
Que mata, mas também une

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