Eu e a Vaneira

Desidério Souza

Senhores peço licença pra cantar esta vaneira
Cria do pago sulino, terra buena hospitaleira
Eu sou desta mesma pátria, trago a essência missioneira
Costumo acordar o rio Grande no ronco da boteira

Gosto de churrasco gordo, de vaneira e cantoria
E ouvir o som de cordeona, quando ronca a baixaria
Racionar um pingo bueno, no interior da estrevaria
Chimarrear com a estrela dalva, quando vem clarearando o dia

Creci arrastando esporas, nestas bailantas campeira
Golpeando um vinho de pipa, entre fumaça e a poeira
Fiz promessa de casório, pra muitas prendas faceira
Dessas que brilha o olhar, quando escuta uma vaneira

Preservo os mesmos costumes, da gente do meu rincão
Fui curtido na fumaça, ao pé do fogo de chão
Respeite eu e a vaneira, semo quase como irmão
Ninguém nos pisa no pala dependendo da ocasião

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