Eternos

Desidério Souza

Sou missioneiro e este pago me apaixona
A alma entona quando canto pra exaltar
Quatro pioneiros que hoje brilham lá no céu
Jayme, Noel, o tio Bilia e o Maicá

Um payador que expandiu vocabulário
Um literário com ideal resistente
Um tio gaiteiro que tocou com dedos rudes
E um poeta bugre que cantou sua vertente

Estes valores são lembranças que resistem
Ainda existem na memória das Missões
Hoje seus discos rodam faixas imortais
São ideais, poemas, toques e canções

Ainda escuto a última clavada
E as carreiradas do petiço mitai
Canto dos livres e o surungo do quintino
São como hinos ecoando por aqui!

Ao contemplar o esplendor dos monumentos
Mais que ornamento, vejo a imagem do artista
Representados cada um na sua estampa
Fole, garganta e coração regionalista

Vejo o Noel soltando a voz de todo o peito
Cantar conceitos, abraçado na guitarra
Jayme Caetano numa rima memorável
Inesgotável como o mate que ele agarra

O tio Bilia, professor dos próprios dedos
Sem arremedos, pois ninguém pode igualar!
E o Cenair retratando o chão nativo
Todos tão vivos em seus discos pra escutar

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