A Vida Em Quatro Estações

Desidério Souza

Um dia te vi no campo, com as cores da primavera
Povoei de sonhos meu rancho que há muito estava tapera
Acordei um sentimento que já pensava esvaído
E a vida neste momento voltou a fazer sentido
Busquei teus olhos ingênuos com meu olhar tresnoitado
Do teu sorriso sereno fiquei no laço enredado

A Lua cheia é uma bruxa, brilhava a luz da paixão
Que então te vi flor gaúcha, pintada em tons de verão
O amor é largo caminho, que um dia mostra uma flor
No outro crava um espinho e alterna o sonho e a dor
O amor é guerra e é arte, em todas as dimensões
E por gaudério reparte a vida em quatro estações

Chegaste trazendo alento, no meu ranchito costeiro
Do norte sopraram ventos no mau pressagio campeiro
O amor que vinha desperto foi se apagando de sono
Assim te vi no deserto com os matizes do outono
Partiste levando as cores deste rincão onde habito
Nenhum dos outros amores me fez ficar tão sólito

E desde então a querência traz neste frio tão eterno
Pois vejo na tua ausência a cor que falta no inverno
O amor é largo caminho que um dia mostra uma flor
No outro crava um espinho que alterna o sonho e a dor
O amor é guerra e é arte em todas as dimensões
E por gaudério reparte a vida em quatro estações

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