Era a Morte

Darlon de Souza

E num simples gesto se fez a cor
E da cor surgiu o céu
Tão leve quanto a neve
Tão doce quanto o mel
Assim é o meu amor

Me embriago em águas rasas
Na fonte do arpoador
Que deveras sempre estive
A esperar por meu amor

E te vejo talvez ao som da cachoeira
A apreciar as correntezas do riacho
Numa pedra em meio ao lago
O teu pensamento em meus sonhos
Foi contado

E na memória de outras vidas
A cada rosto eu vejo o seu
Como um eremita me entrego livre
No presente a cada instante
Eu sou teu

E até o final dos tempos
Eternamente esta será
A minha palavra
Sobre as terras e oceanos

Para sempre te amarei
O último dos românticos
O último dos românticos

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