Babel

Camará

Tudo em silêncio
Remanso é chance de falar
Lançar-se à Babel
Que é se escutar
Passo certeiro

Com medo ninguém sabe dar
Iluminar o chão
Dentro de si
Pra que se vejam claras

As formas do que sinto
As sombras do que temo
Os restos do que pude
E que recolho em oração
Pra me eternizar

Nada é perene
Debruça os olhos sobre o altar
Sagrada imagem
Que é se enxergar

Gesto sereno
Estende a mão pra ofertar
Anoitecer o céu
Dentro de si

Pra que se vejam claras
As queixas do que eu era
As sobras do que tinha

Os versos que me sangram
E que recolho em canção
Pra me eternizar
Deixando as coisas como estão
Pra me desvencilhar

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